A trabalhadora Ana Cristina Fernandes da Pousada de Elvas, com dois filhos de 3 e 6 anos, está a ser obrigada a deslocar-se de Elvas para Beja (163 km), para aí receber “formação em ambiente real de trabalho”.
Acontece que essa formação pode ser dada numa das Pousadas Históricas da rede, nomeadamente, em Vila Viçosa (33 Km), Estremoz (43 Km) ou até Évora (85 Km).
Porque será que obrigam uma trabalhadora, com dois filhos menores de 3 e 6 anos a fazer 326 Km num dia para poder estar à noite com os filhos?
A CT, conhecendo outros processos, pode responder: Fazem-no para que a trabalhadora não cumpra, e assim lhe instaurarem outro processo disciplinar com vista ao despedimento…
Esta alegada “formação em ambiente real de trabalho” tem a trabalhadora recebido desde 26 Junho de 2010, desde que regressou ao posto de trabalho, na Pousada de Elvas, pois nunca mais a empresa a deixou exercer as suas funções sem ser acompanhada, a não ser que esta formação não sirva, pois na realidade o que a Empresa está a fazer é impedir a trabalhadora de exercer as suas funções.
A CT denuncia assim estas práticas, de constante humilhação e desvalorização de muitos trabalhadores da Pousadas, situações que configuram um verdadeiro assédio moral.
Para qualquer contacto:
Fernando Gomes (coordenador da CT) – 917 670 782
Lisboa, 04.08.2010
1 comentário:
Este Grupo pestana está a assassinar as Pousadas. Não há dinheiro para pagar os feriados aos trabalhadores bem como outras regalias a que tinham direito, mas há guito para novos hotéis (+ 120 milhões de gastos). Chama-se a isto escravização moderna. Os responsáveis por estas Pousadas são uns frustrados na vida e vai daí querem rebentar com a vida dos outros. Usar este tipo de artimanhas é muito triste para poder despedir uma trabalhador com 2 crianças. O "Chefe" e os seus lacaios e vassalos deviam ter vergonha na cara pois são capazes de pisar a cabeça de quem os ajudou...Terão o seu julgamento quando tiverem perante "ELE".
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