2 de março de 2010

Quêm conhece situações de pressão e assédio? Informem a Comissão de Trabalhadores...

Carta aberta

Aos trabalhadores das Pousadas de Portugal

Como todos sabem, a situação social na empresa tem vindo a agravar-se muito com a política imposta pela empresa de deslocações para outras Pousadas.

Nunca as cláusulas do AE que a empresa agora invoca, foram utilizadas como actualmente.

Nunca assistimos a tantos encerramentos de pousadas em anos consecutivos com invocação de obras.

Há trabalhadores que estão de baixa médica e a ser medicados.

Há trabalhadores que receberam e ou recebem tratamento psiquiátrico.

Há trabalhadores que já aceitaram várias transferências e que por essa razão destruíram completamente a sua vida pessoal e familiar, que deixaram de conviver com a assiduidade necessária com os seus familiares e amigos.

Há trabalhadores que, não aguentando a pressão rescindem o seu contrato individual de trabalho.

Há trabalhadores que trabalham há dezenas de anos nas pousadas, que sempre foram zelosos, assíduos, competentes e excelentes profissionais, com boas relações pessoais e profissionais com todos e que, de um dia para o outro, foram vitimas de processos disciplinares e despedidos só porque recusaram aceitar transferências/deslocações forçadas que colocavam em causa a sua vida pessoal e familiar.

Há trabalhadores que viram a sua saúde agravada depois de serem intimados a aceitarem transferências e que passaram a tomar calmantes ou anti-depressivos.

Neste momento, há trabalhadores com processos disciplinares a decorrer, inclusive, representantes de trabalhadores, com intenção de despedimento.

Há trabalhadores nas pousadas que são vítimas de ritmos de trabalho intensos e de alteração de funções e de departamentos, cuja saúde está fortemente afectada.

Ora, nos termos da Constituição da República Portuguesa, os trabalhadores têm direito à organização do trabalho em condições socialmente dignificantes, de forma a facultar a realização pessoal e a permitir a conciliação da actividade profissional com a vida familiar.

Os responsáveis por esta política da empresa têm nome e devem ser responsabilizados a todos os níveis, inclusive criminalmente, pelas consequências das suas decisões, das suas políticas laborais agressivas.

Há hoje estudos a serem feitos sobre as consequências de políticas laborais agressivas.

Para que possamos pôr os técnicos a trabalhar, são necessários exemplos pessoais descritos ao pormenor.

Para que possamos programar e realizar uma campanha de sensibilização e denúncia pública, a todos os níveis, precisamos de exemplos contados, se possível, na 1.ª pessoa.

Vimos, pois, solicitar-vos, a todos, que nos façam chegar os vossos relatos, os vossos testemunhos, ou de casos de trabalhadores que conheçam.

Email: comissaotrabalhadores.gpp@gmail.com

Telf: 917670782


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